No Campeonato do Mundo de Rally-Raid (W2RC) encontramos alta tecnologia e diferentes soluções amigas do ambiente, como é o caso da moto elétrica com que Pedro Bianchi Prata terminou em 40º lugar o bp Ultimate Rally Raid Portugal.
O projeto MOEVE STARK nasceu, este ano, com o objetivo de promover as energias renováveis e passar a mensagem da defesa do meio ambiente, tendo o piloto Pedro Bianchi Prata como responsável.
A ideia foi aceite pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e pela ASO, o promotor do W2RC. Ainda não há regulamento técnico e desportivo, mas o objetivo passa por, em 2026, haver uma categoria destinada a motos 100% elétricas nas bajas internacionais.
Pedro Bianchi Prata considerou a presença no bp Ultimate Rally Raid Portugal com a moto Stark um “desafio”. Foi, na verdade, inovador ver uma moto elétrica a correr numa prova do Mundial de Rally-Raid. “Nunca uma moto elétrica tinha participado numa competição de seis dias e realizado exatamente o mesmo percurso das motos com motor de combustão”, explicou. Para que isso fosse possível, a substituição da bateria aconteceu nas estradas de asfalto, a cada 50 km. O normal é fazer cinco trocas por etapa, mas na etapa mais longa foram feitas sete mudanças de bateria.
A bateria está no mesmo local onde está o motor numa moto convencional e demora 1m40s a ser substituída. A nível de condução, revelou-se uma surpresa: “como é uma moto muito explosiva, tive de dosear o andamento para conseguir fazer os 50 km. Em termos de condução, é exatamente igual a uma moto com motor térmico. A única diferença é não ter caixa de velocidades, é uma ´acelera´, só que mais potente, com 60 cavalos, que atinge facilmente os 160 km/h”, explicou Pedro Bianchi Prata.